
Segundo turno em SP: Boulos é o candidato mais buscado no Google no Brasil
Carla Hollanda2020-11-29T08:36:05-05:00O candidato à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), foi o mais buscado no Google em todo o país na semana que antecedeu a ida às urnas para eleição de prefeituras em 2° turno no Brasil.
Boulos repetiu o desempenho da semana anterior, em que já havia ficado à frente de seu concorrente, o atual prefeito Bruno Covas (PSDB). De acordo com o Google, o interesse pelo candidato do PSOL foi quase o dobro de Covas, o segundo mais buscado no país, entre os dias 22 e 26 de novembro. Segundo informações da gigante de tecnologia, o interesse por Boulos nas buscas digitais cresceu 87% em relação à semana que antecedeu à disputa de 1° turno. As pesquisas por Covas subiram 58% na mesma comparação.
Atrás das candidaturas paulistanas ficou o atual prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), que ganhou espaço frente às buscas de Eduardo Paes (DEM), o mais pesquisado durante a semana que antecedeu a eleição de primeiro turno no Rio. Na sequência vêm Marília Arraes, candidata do PT à prefeitura do Recife, e Maguito Vilela, candidato do MDB ao executivo de Goiânia. Vilela está internado na UTI do Hospital Albert Einstein, com covid-19. Seus últimos boletins médico diz que o candidato está estável, apesar de seguir sedado e respirando por intermédio de aparelhos — a situação pode ter impactado o interesses dos usuários em buscar pelo nome dele.
Arraes, que disputa a prefeitura do Recife em uma disputada apertada contra seu primo, João Campos (PSB), foi a candidata que mais ganhou escopo em termos de interesse nas buscas. As pesquisas pelo nome dela no Google cresceram 381% em relação à semana anterior ao 1° turno.
O Google reitera, no entanto, que as tendências de busca refletem curiosidade e interesse e não indicam intenção de voto no candidato.
Apesar disso, diante da digitalização do cenário eleitoral, esse tipo de informação pode apontar para uma tendência maior em torno dos candidatos. Analistas já discutem se um interesse maior nas buscas online pode significar uma surpresa nas urnas. Até o candidato Arthur do Val, derrotado no primeiro turno das eleições paulistanas, afirmou confiar mais nos resultados de buscas do que de pesquisas.
De acordo com pesquisa Datafolha, divulgada na última quinta-feira, 26, Covas lidera a disputa pela prefeitura de São Paulo com 47% das intenções de voto, ante 40% de Guilherme Boulos. Em relação à pesquisa anterior, Covas oscilou um ponto para baixo — estava com 48%. Já Boulos se manteve com 40%.
Fonte: Exame

Bolsonaro perde apoio nas capitais durante o período eleitoral
Carla Hollanda2020-11-27T11:02:57-05:00O presidente perdeu apoio nas capitais durante o período de campanha eleitoral, segundo pesquisas Ibope. O Estadão comparou a avaliação do governo em 24 capitais, em levantamentos feitos desde outubro. O porcentual dos que consideram a administração de Bolsonaro ótima/boa variou negativamente em 19 cidades. Em sete a oscilação aparece dentro da margem de erro. Em outras 12, o resultado aponta um desgaste na imagem do governo.
A maior queda de popularidade do presidente ocorreu em João Pessoa – passou de 43% para 30%. Já o porcentual de pessoas que avaliam o governo como ruim/péssimo cresceu de 33% para 43% no mesmo período. A margem de erro das pesquisas é de quatro pontos.
Em Manaus, a aprovação de Bolsonaro caiu de 54% para 42%, enquanto a rejeição passou de 26% para 32% no período. Na capital amazonense, o presidente apostou em três candidatos – Coronel Menezes (Patriota), Capitão Alberto Neto (Republicanos) e Romero Reis (Novo) – nenhum deles chegou ao segundo turno da disputa.
O porcentual dos que consideram a gestão de Bolsonaro ótima/boa teve queda também em Belo Horizonte, Boa Vista, Campo Grande, Cuiabá, Curitiba, Goiânia, Porto Velho, Rio Branco, São Luís, São Paulo e Vitória.
Fonte: Estadão Conteúdo

Guedes afirma que mais reformas virão após eleições municipais
Carla Hollanda2020-11-24T17:51:17-05:00O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira que depois das eleições municipais há conversas em curso para a realização de mais reformas, destacando ter certeza quanto à aprovação pela Câmara dos Deputados da autonomia formal do Banco Central, projeto que já foi chancelado no Senado.
Ao participar de webinário promovido pela Firjan, ele disse que há uma pauta mínima que deve avançar, pois “tem baixo custo político e muito retorno social”, citando BC independente, marco regulatório para gás natural e cabotagem.
O ministro afirmou ainda que, se houver nova onda de covid-19, o governo agirá com a mesma capacidade de decisão empenhada neste ano, mas já sabendo os programas que funcionam melhor e os que não emplacaram na crise.
Ele avaliou que o número de mortes pelo coronavírus parece ter tido um repique, mas afirmou que é preciso observar se esse movimento vai se firmar.
“Pode ser que tenha voltado um pouco, mas ao mesmo tempo tem características sazonais a doença. Estamos entrando no verão, primavera-verão, e vamos observar um pouco em vez de já, nós que não somos especialistas, começar a decretar que doença está aí e tem que trancar tudo de novo”, disse.
Programa de privatização não “andou direito”
Guedes reconheceu que o programa de privatizações não “andou direito” não só por problemas políticos como também por questões dentro do governo. A avaliação foi feita durante participação na abertura do webinário Firjan – Visão Saneamento. “Temos que admitir o que está errado para consertar”, citando também que o programa de crédito em meio à pandemia não funcionou bem no início.
Guedes voltou a afirmar que a recuperação da economia está ocorrendo em “V” e que é necessário separar os fatos das narrativas falsas.
“A economia está voltando com força, são os fatos, porque existem muitas narrativas. O FMI chegou a projetar queda do PIB de 9,5% este ano. Vai ser bem menos que a metade. Alguns economistas projetaram mais de 10% de queda. Diziam que a retomada poderia ser em U ou em L. É importante recuperar essas narrativas falsas e previsões equivocadas”, disse ele, repetindo que a perda de emprego na “maior recessão da história” deve ser 20% da recessão de 2015 e 2016. “São narrativas de quem já está fazendo campanha política desde o início do governo”, comentou, referindo-se às ditas narrativas falsas.
O ministro ainda negou mais uma vez que o governo não tenha plano para a economia. “Temos plano sim para a economia”, repetindo que o governo já endereçou os três maiores motivos de crescimento de gastos: a previdência, os juros elevados e os salários do funcionalismo.
Segundo Guedes, a previsão é de redução e R$ 450 bilhões no gasto com pessoal. “Precisamos do Congresso”, disse, referindo-se à proposta de reforma administrativa enviado pelo governo.
Fonte: Exame

Combater fake news na eleição é impedir ações criminosas, diz Barroso
Carla Hollanda2020-11-14T10:36:36-05:00O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso , afirmou nesta sexta, 13, que a circulação de notícias falsas ou fraudulentas (“fake news”) foi “mínima” durante as eleições municipais deste ano. A declaração foi dita durante evento na Corte Eleitoral. Mais tarde, durante evento da Associação dos Advogados de São Paulo (AASP), o ministro afirmou que medidas contra fake news não configuram “censura”, e, sim, combate a ações “criminosas”.
“Talvez nos últimos tempos esta tenha sido a eleição com menor incidência de notícias fraudulentas. Fizemos parcerias com todas as plataformas, com todas as agências de checagem de notícias. Achamos que esta é uma eleição em que o nível de circulação de notícias fraudulentas foi mínimo. Felizmente”, disse.
Barroso classificou a baixa incidência de fake news às parcerias fechadas pelo TSE com agências de checagem e redes sociais, como Facebook, Twitter e Google. Segundo o ministro, as mídias sociais conseguiram derrubar diversas contas que apresentavam comportamento inautêntico, o que contribuiu para a pouca circulação de campanhas de desinformação.
Mais tarde, durante webinar da AASP, o ministro destacou que o combate às ‘fake news’ não configura censura nem atinge a liberdade de expressão. Para Barroso, as medidas visam coibir ações ‘criminosas’ que agem de forma coordenada com interesses específicos.
“Quando nós estamos falando de notícias falsas, ou campanhas de desinformação, nós não estamos falando de uma opinião manifestada por uma pessoa, por mais absurda que seja”, afirmou. “Nós estamos falando de comportamentos, de pessoas que se articulam para difundir uma mentira. Não é uma opinião, e sim uma atitude criminosa, de articulação, para difundir uma falsidade que irá prejudicar alguém ou vai produzir um resultado injusto em alguma situação, inclusive nos processos eleitorais”.
O ministro destacou ainda que medidas para coibir campanhas de desinformação não impedem a circulação de opinião ou a defesa de suas crenças nas redes. “Mas se você estiver conclamando as pessoas para articular um atentado a alguém, nenhum critério civilizado vai considerar isso liberdade de expressão”, ponderou.
Fonte: Estadão Conteúdo

Eleições em Macapá serão em 13 e 27 de dezembro, define TRE
Carla Hollanda2020-11-14T10:30:17-05:00O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do decidiu nesta sexta-feira, 13, realizar os dois turnos das eleições municipais de nos dias 13 e 27 de dezembro. O novo calendário precisa ainda ser aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Na quinta-feira, 12, a Justiça acatou adiar a votação devido ao apagão em 13 municípios do Estado, incluindo a capital, que sofrem com problemas de fornecimento de energia. Na quinta-feira 12, o TSE confirmou a decisão do presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, que suspendeu as eleições municipais em Macapá ‘até que se restabeleçam as condições materiais e técnicas para a realização do pleito, com segurança da população’. Durante a sessão desta sexta-feira, o juiz Jucelino Fleury Neto defendeu a imparcialidade da corte e da decisão sobre se adiar as eleições.
“A prorrogação não foi pra atender interesses políticos, mas para preservação da população”, disse. O juiz Marcus Quintas também reforçou o discurso. “Essa decisão foi pautada única e exclusivamente por dados técnicos”, disse Quintas. “O fator segurança foi preponderante para que tomássemos essa decisão.”
Como mostrou o Estadão, a decisão de Barroso se deu após uma conversa reservada com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) – um dos principais cabos eleitorais da candidatura de seu irmão, Josiel Alcolumbre (DEM), à prefeitura da capital de Macapá.
Segundo a última pesquisa Ibope, divulgada nesta quarta-feira, Josiel Alcolumbre caiu nove pontos porcentuais em relação ao último levantamento, mas ainda lidera acorrida, com 26% das intenções de voto. Por outro lado, Patrícia Ferraz (Podemos) e Dr. Furlan (Cidadania), que aparecem em segundo e terceiro lugar na mesma pesquisa, oscilaram positivamente – aparecem com 18% e 17% da intenção devotos, respectivamente.
Fonte: Estadão Conteúdo

Procurador-geral autoriza investigações sobre eleição americana
Carla Hollanda2020-11-10T10:40:40-05:00O presidente dos Estados Unidos, , prosseguirá nesta terça-feira com as contestações jurídicas do resultado da eleição presidencial da semana passada, e o secretário de Justiça dos EUA, William Barr, orientou procuradores federais a investigarem quaisquer alegações “substanciais” de irregularidades eleitorais.
A diretiva de Barr aos procuradores levou o principal advogado do governo a cargo das investigações de fraude eleitoral a renunciar em protesto, e veio dias depois de ataques à integridade da eleição da parte de Trump e de aliados republicanos, que alegaram fraude eleitoral generalizada sem fornecer provas.
Trump não admitiu sua derrota para o democrata Joe Biden, que no sábado conquistou mais do que os 270 votos do Colégio Eleitoral necessários para conquistar a Presidência dos EUA.
A equipe de campanha de Trump iniciou várias ações na Justiça argumentando que os resultados da eleição foram manipulados. Juízes já descartaram ações no Michigan e na Geórgia, e especialistas dizem que os esforços legais de Trump têm pouca chance de mudar o desfecho da eleição.
Na segunda-feira, Barr disse aos procuradores que “alegações caprichosas ou improváveis” não deveriam servir de base para uma investigação, e sua carta não indicou se o Departamento de Justiça descobriu irregularidades eleitorais que afetem o resultado da votação.
Mas ele disse que está autorizando procuradores a “analisarem alegações substanciais” de irregularidades na votação e na contagem de cédulas.
Richard Pilger, que atuou durante anos como diretor do Setor de Crimes Eleitorais, anunciou em um email interno que estava renunciando ao cargo depois de ler “a nova diretriz e suas ramificações”.
A diretriz anterior do Departamento de Justiça, concebida para evitar imiscuir o governo federal em campanhas eleitorais, desencorajava investigações explícitas “até a eleição em questão estar concluída, seus resultados certificados e todas as recontagens e disputas eleitorais concluídas”.
A equipe de Biden disse que Barr está dando alento às alegações de fraude não comprovadas de Trump.
“Estas são o tipo de afirmações que o presidente e seus advogados estão fazendo sem sucesso todos os dias, enquanto suas ações na Justiça são rejeitadas aos risos de um tribunal a outro”, disse Bob Bauer, um conselheiro sênior de Biden.
Na manhã de segunda-feira, a equipe de Trump apresentou uma ação para impedir que as autoridades da Pensilvânia certifiquem a vitória de Biden no Estado, onde o democrata liderava por mais de 45 mil votos.
Aliado de Trump
Barr, um aliado leal do presidente Donald Trump, ajudou a divulgar as alegações do presidente sobre fraude eleitoral antes da eleição, atacando a votação por correspondência como propensa a influência indevida e coerção, apesar de vários estudos desmascararem a noção de fraude eleitoral generalizada e na votação.
Geralmente, a política do Departamento de Justiça é “não conduzir investigações abertas, incluindo entrevistas com eleitores individuais, até que o resultado da eleição supostamente afetado pela fraude seja certificado”.
Mas Barr argumenta no memorando que as preocupações com tais atos poderiam inadvertidamente impactar uma eleição são minimizadas uma vez que a votação foi concluída e que, em alguns casos, as investigações não poderiam ser adiadas até que a eleição seja certificada.
Barr estava no escritório do líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, no Capitólio, na tarde de segunda-feira, e se recusou a responder às perguntas dos repórteres quando saiu. Na manhã de segunda-feira, McConnell deu seu apoio a Trump após um período de silêncio pós-eleitoral.
Fonte: Estadão Conteúdo
A eleição está longe de terminar, diz Trump após Biden anunciar vitória
Carla Hollanda2020-11-08T12:23:59-05:00O presidente dos EUA, Donald Trump, não aceitou a derrota para Joe Biden. Neste sábado, ele acusou o democrata de ter se “precipitado” ao anunciar a vitória nas urnas e prometeu contestar o resultado nos tribunais. “O simples fato é que esta eleição está longe de terminar”, disse Trump em comunicado.
“Todos nós sabemos por que Joe Biden está se apressando em fingir que é o vencedor e por que seus aliados da mídia estão se esforçando tanto para ajudá-lo: eles não querem que a verdade seja exposta”, escreveu Trump em um comunicado na página de sua campanha.
“Joe Biden não foi certificado como o vencedor de nenhum Estado, muito menos de nenhum dos Estados contestados onde haverá recontagens obrigatórias, nem Estados onde nossa campanha tem ações legais válidas e legítimas que podem determinar a vitória final”, afirmou o presidente.
Trump montou uma equipe de advogados para entrar com medidas judiciais no Arizona, em Michigan, Pensilvânia e Nevada. Relatos de assessores da Casa Branca indicam que o presidente estaria furioso com seus advogados, exigindo mais ação e resultados. A campanha republicana pretende atrair juristas de peso para uma batalha legal em múltiplos Estados.
A recontagem é certa em pelo menos dois: Wisconsin e Geórgia – mas não em razão de uma vitória de Trump nos tribunais. Em ambos a diferença foi menor que 0,5 ponto porcentual, o que automaticamente dispara a recontagem. A Pensilvânia também tem o mesmo mecanismo, mas a diferença vem aumentando e deve ultrapassar o mínimo estabelecido por lei para uma nova apuração.
Após o anúncio da vitória de Biden, alguns aliados prestaram solidariedade ao presidente. “Alguns republicanos estão prontos para jogar a toalha e lutar em uma futura eleição”, disse o deputado Matt Gaetz. “Mas não há futuro para o Partido Republicano se não lutarmos por Donald Trump neste momento crítico.”
Além das ações legais, os republicanos estudam outras formas de impedir a presidência de Biden. Parte dos aliados de Trump, capitaneados pelo apresentador Sean Hannity, pelo advogado Mark Levin e pelo estrategista Seteve Bannon, defendeu nos últimos dias que o próximo passo seja dado pelos Congressos estaduais.
Em muitos Estados, o poder Legislativo é dominado pelos republicanos. Pela Constituição, são eles que devem designar os 538 representantes que se reunirão para votar, no dia 14 de dezembro, no colégio eleitoral. Historicamente, o poder dos congressistas foi sempre repassado para os eleitores. Agora, o que Bannon e Levin defendem é que eles retomem o poder de indicar esses eleitores, ignorando o vencedor nas urnas.
Há também entre os aliados do presidente quem defenda que ele permaneça como uma força política dentro do Partido Republicano. Com milhões de seguidores nas redes sociais e ponta de lança de um movimento de fiéis que ele criou, Trump seria porta-voz dos conservadores no governo Biden – e novamente o favorito para ser candidato do partido em 2024.
Normalmente, um ex-presidente americano, ao se aposentar, adota uma abordagem discreta, aparecendo pouco e atrapalhando o menos possível o sucessor. Trump faria o oposto.
O que pode atrapalhar os planos do presidente é a Justiça. Ele é alvo de investigações criminais e civis nos níveis federal e estadual e vinha usando a imunidade do cargo para não prestar depoimento e entregar documentos. O passo mais radical de Trump, um dos mais comentados em Washington, seria evitar o risco legal perdoando a si mesmo.
Outra possibilidade seria renunciar para que seu substituto, Mike Pence, o perdoasse preventivamente. No entanto, o perdão presidencial só pode ser usado para crimes federais.
Fonte: Estadão Conteúdo