EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
Postado em 16 de junho de 2015
Depois das lâmpadas incandescentes de 100w e 150w, agora é a vez da de 60W, ser banida do mercado. Prazo vai até o dia 30 de junho de 2015.
No dia 30 de junho de 2012 teve início a primeira etapa do processo que proibiu definitivamente a fabricação, importação e comercialização de lâmpadas incandescentes no Brasil, com conclusão prevista para 2016. É o fim de uma era. Os algozes do seu banimento atendem pelos nomes de sustentabilidade, economia e eficiência energética.
A primeira lâmpada de incandescência foi patenteada em 1880 pelo americano Thomas Edison, com o mesmo desenho bojudo que apresenta até hoje. Ao longo de todo esse período, a única mudança significativa foi no seu filamento, o fio interno que emana luz e calor -, que no início era de carbono e, atualmente, de tungstênio. Mas, depois de atravessar incólume todo o século XX, a lâmpada incandescente adentrou o XXI como o exemplo acabado de desperdício e ineficiência, uma vez que seu filamento emite apenas 10% de luz e gera 90% de calor.
O Brasil não é o pioneiro nesse cuidado com a sustentabilidade, suspendendo as incandescentes como gastonas de energia elétrica. Outros países já aboliram ou estão em vias de acabar 100% com essas lâmpadas, ao mesmo tempo em que o nosso país dá o seu pontapé inicial no processo.
Cuba, por exemplo, vem restringindo as incandescentes desde 2007, e a União Europeia encerrou o processo em setembro de 2012 (embora tenha iniciado em 2009 com a proibição da 100W). Na Austrália, quase todos os modelos de incandescentes estão proibidos desde 2009. E até nossos vizinhos argentinos iniciaram o programa com mais antecedência, em 2008.
A China, responsável pela fabricação de 70% das lâmpadas incandescentes de todo o mundo, anunciou no final de 2011 seu programa, propondo a extinção dos modelos iguais ou superiores a 100W a partir de outubro de 2012, chegando à de 60W no final de 2014 e à de 15W em 2016. Com isso, extinguirá o desperdício de energia gerado por cerca de 1 bilhão de incandescentes utilizadas no país. Desde o dia 30 de junho de 2012, portanto, a lâmpada incandescente de 150W foi proibida a sua fabricação nacionalmente ou importada, os estoques das referidas lâmpadas puderam ser distribuídos aos lojistas até o dia 30 de dezembro de 2012. E os lojistas, por sua vez, puderam vendê-las para os consumidores até 30 de junho de 2013, hoje as vendas estão definitivamente banidas.
No Brasil, não existe lei determinando a proibição da fabricação ou importação e comercialização das incandescentes, como muitos acreditam. O que existe é uma Portaria Interministerial de n´ 1007, de 31/12/2010, na qual o Inmetro – Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – estabelece a eficiência luminosa mínima para as lâmpadas incandescentes, em patamares muito altos, que inviabilizam sua fabricação.
O principal modelo de lâmpadas incandescentes comercializado no Brasil é o de 60W, que será banido totalmente no dia 30 de junho de 2015.
Com a saída gradual das incandescentes de tetos e abajures, a aposta é que o consumidor migrará para as lâmpadas chamadas de econômicas, ou seja, as compactas fluorescentes que consomem 80% menos energia elétrica. Todavia, uma parte desse mercado irá também para a incandescente halógena modelo de lâmpada com bulbo igual a atual incandescente de tungstênio, porém 30% mais eficiente. Mas ambas não devem fazer história pois, já estão sendo substituídas pelas lâmpadas com tecnologia LED (light emitting diode), as grandes vedetes da atualidade e que deverão representar 50% da iluminação mundial até 2016 e, segundo expectativas internacionais, ao redor de 80% em 2020.
Júnior Trindade – Latino News Brasil