O candidato à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), foi o mais buscado no Google em todo o país na semana que antecedeu a ida às urnas para eleição de prefeituras em 2° turno no Brasil.
Boulos repetiu o desempenho da semana anterior, em que já havia ficado à frente de seu concorrente, o atual prefeito Bruno Covas (PSDB). De acordo com o Google, o interesse pelo candidato do PSOL foi quase o dobro de Covas, o segundo mais buscado no país, entre os dias 22 e 26 de novembro. Segundo informações da gigante de tecnologia, o interesse por Boulos nas buscas digitais cresceu 87% em relação à semana que antecedeu à disputa de 1° turno. As pesquisas por Covas subiram 58% na mesma comparação.
Atrás das candidaturas paulistanas ficou o atual prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), que ganhou espaço frente às buscas de Eduardo Paes (DEM), o mais pesquisado durante a semana que antecedeu a eleição de primeiro turno no Rio. Na sequência vêm Marília Arraes, candidata do PT à prefeitura do Recife, e Maguito Vilela, candidato do MDB ao executivo de Goiânia. Vilela está internado na UTI do Hospital Albert Einstein, com covid-19. Seus últimos boletins médico diz que o candidato está estável, apesar de seguir sedado e respirando por intermédio de aparelhos — a situação pode ter impactado o interesses dos usuários em buscar pelo nome dele.
Arraes, que disputa a prefeitura do Recife em uma disputada apertada contra seu primo, João Campos (PSB), foi a candidata que mais ganhou escopo em termos de interesse nas buscas. As pesquisas pelo nome dela no Google cresceram 381% em relação à semana anterior ao 1° turno.
O Google reitera, no entanto, que as tendências de busca refletem curiosidade e interesse e não indicam intenção de voto no candidato.
Apesar disso, diante da digitalização do cenário eleitoral, esse tipo de informação pode apontar para uma tendência maior em torno dos candidatos. Analistas já discutem se um interesse maior nas buscas online pode significar uma surpresa nas urnas. Até o candidato Arthur do Val, derrotado no primeiro turno das eleições paulistanas, afirmou confiar mais nos resultados de buscas do que de pesquisas.
De acordo com pesquisa Datafolha, divulgada na última quinta-feira, 26, Covas lidera a disputa pela prefeitura de São Paulo com 47% das intenções de voto, ante 40% de Guilherme Boulos. Em relação à pesquisa anterior, Covas oscilou um ponto para baixo — estava com 48%. Já Boulos se manteve com 40%.
A Polícia Federal prendeu neste sábado (28) o suspeito pelo ataque cibernético sofrido pelo Tribunal Superior Eleitoral () no primeiro turno das eleições municipais. A prisão ocorre na véspera do segundo turno das eleições municipais, que vão acontecer nesta domingo (29).
Segundo informações da CNN, a prisão, que foi realizada em Portugal, teria relação com a invasão ocorrida antes do primeiro turno da eleição, o que resultou no vazamento de dados de servidores.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que, no dia do primeiro turno, foram vazados dados de funcionários do TSE e de ministros aposentados, “como se tivessem conseguido acesso ao sistema, o que absolutamente não aconteceu”.
“O acesso se deu em data pretérita que não sabemos precisar mas os dados revelados se referiam a funcionários e ex-ministros do período de 2001 a 2010. Portanto os dados vazados tinham mais de 10 anos de antiguidade”, afirmou Barroso.
As mulheres representam 12,2% dos prefeitos eleitos em primeiro turno nas eleições de domingo – entre elas Cinthia Ribeiro (PSDB), reeleita prefeita de Palmas, capital do Tocantins, com mais de 36% dos votos.
Cinco mulheres permanecem na disputa por prefeituras no segundo turno, que será realizado em 29 de novembro: Manuela D’Ávila (PCdoB), em Porto Alegre; Marília Arraes (PT), no Recife; Delegada Danielle (Cidadania), em Aracaju; Socorro Neri (PSB), em Rio Branco; e Cristiane Lopes (PP), em Porto Velho.
Marília Arraes é atualmente deputada federal. Outra deputada que disputa a prefeitura no segundo turno é Margarida Salomão, em Juiz de Fora (MG). Além disso, a deputada Luiza Erundina disputa a vice-prefeitura, no segundo turno, na cidade de São Paulo.
A deputada Patrícia Ferraz disputará a prefeitura de Macapá, onde o primeiro turno ainda não foi realizado. A eleição foi suspensa em razão de uma crise energética, e a data do pleito ainda será confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Comparação com 2016
Nas eleições municipais de 2016, foram eleitas 641 mulheres para o cargo de prefeita, representando 11,57% do total. No pleito passado, somente uma mulher foi eleita prefeita de uma capital: Teresa Surita (PMDB), em Boa Vista (RR).
O número de candidatas que disputam segundo turno em capitais neste ano é mais que o dobro daquele de 2016: são cinco as capitais com mulheres ainda em disputa, contra duas nas últimas eleições.
Cota nas candidaturas
As eleições de 2020 foram as primeiras eleições municipais em que valeram não apenas a cota de 30% de candidaturas femininas, mas também a reserva de pelo menos 30% dos fundos eleitoral e partidário para financiar candidatas e a aplicação do mesmo percentual ao tempo de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão.
Além disso, com o fim das coligações nas eleições proporcionais, cada partido – e não mais cada coligação – foi obrigado a reservar 3 em cada 10 candidaturas de vereador para mulheres.
Apesar de as mulheres representarem 52,5% do eleitorado, as candidaturas femininas neste ano, para prefeita, vice-prefeita ou vereadora ficaram, mais uma vez, próximas ao limite estabelecido pelas cotas. De acordo com os dados do TSE, do total de 556.033 pedidos de registro de candidatura, 186.144 foram de mulheres, o que corresponde a um percentual 33,48%. Em 2016, as candidaturas femininas foram 31,9% do total.
Cota de cadeiras
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), prometeu pautar, após as eleições municipais, proposta de emenda à Constituição que institui cota para mulheres nas câmaras de vereadores, assembleias legislativas e na Câmara dos Deputados.
A medida está prevista na Proposta de Emenda constitucional (PEC 134/15) que propõe que até 2030 haja ocupação paritária de homens e mulheres do Parlamento. O texto, que aguarda votação pelo Plenário, reserva cotas fixas de vagas para as mulheres no Legislativo, e não apenas cotas para as candidaturas, como acontece hoje.
O aplicativo lançado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está passando por instabilidades neste domingo, 15, dia de votação para as eleições municipais no Brasil inteiro. No Twitter, os principais problemas informados pelos usuários são a impossibilidade de baixar o aplicativo e da validação do QR Code.
Além do app, o site do TSE também está enfrentando problemas e, para algumas pessoas, está fora do ar, o que impossibilita a consulta do local de voto.
Segundo aviso do Tribunal no app, o problema é o “excesso de acesso” — algo que já deveria ser previsto no dia das eleições.
O site DownDetector, que monitora quedas em sites e aplicativos, mostra um pico de falhas no e-título nas últimas 24 horas. Em um dos comentários, um usuário afirma que “está há duas horas e meia tentando justificar o voto, porque está fora de seu estado, e o aplicativo e-título não funciona. Só responde que ‘não foi possível executar a operação, tente novamente mais tarde’”.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), , pediu que a população compareça às urnas e não deixe de votar. Em pronunciamento realizado na noite deste sábado, Barroso pediu que a população “não falta a esse encontro com a história”.
— A democracia brasileira precisa de você. Não falte a esse encontro com a história — disse Barroso.
Em seu pronunciamento, Barroso fez menção aos períodos de ditadura vividos pelo país em que o voto não era livre.
— Não deixe de votar. Era triste e feio o tempo em que não tínhamos esse direito. A sua cidade e o Brasil terão a cara de quem comparecer às urnas. Para exigir, é preciso participar. Seu voto tempo der. Faça a diferença — disse Barroso.
Em meio à epidemia de Covid-19, o ministro disse que todas as medidas de segurança foram tomadas para garantir a saúde dos eleitores.
— A Justiça Eleitoral tomou as medidas necessárias para garantir a saúde de todos. Faça sua parte. Use máscara. É obrigatório — disse o ministro.
De acordo com a Justiça Eleitoral, o Brasil tem 147 milhões de eleitores aptos a votar no domingo. Neste ano, o número de candidatos bateu recorde: 546 mil pessoas vão disputar cargos de vereador, prefeito e vice-prefeito. Além das eleições municipais, ainda há a eleição suplementar para a escolha de uma vaga ao Senado em Mato Grosso.
As eleições foram adiadas em Macapá em função dos efeitos do apagão que atingiu a cidade na semana passada e que comprometeu o abastecimento de energia elétrica na capital do Amapá. As autoridades locais temiam a realização de manifestações no dia da votação e pediu o adiamento das eleições na cidade. O pedido foi atendido por Barroso.
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do decidiu nesta sexta-feira, 13, realizar os dois turnos das eleições municipais de nos dias 13 e 27 de dezembro. O novo calendário precisa ainda ser aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Na quinta-feira, 12, a Justiça acatou adiar a votação devido ao apagão em 13 municípios do Estado, incluindo a capital, que sofrem com problemas de fornecimento de energia. Na quinta-feira 12, o TSE confirmou a decisão do presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, que suspendeu as eleições municipais em Macapá ‘até que se restabeleçam as condições materiais e técnicas para a realização do pleito, com segurança da população’. Durante a sessão desta sexta-feira, o juiz Jucelino Fleury Neto defendeu a imparcialidade da corte e da decisão sobre se adiar as eleições.
“A prorrogação não foi pra atender interesses políticos, mas para preservação da população”, disse. O juiz Marcus Quintas também reforçou o discurso. “Essa decisão foi pautada única e exclusivamente por dados técnicos”, disse Quintas. “O fator segurança foi preponderante para que tomássemos essa decisão.”
Como mostrou o Estadão, a decisão de Barroso se deu após uma conversa reservada com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) – um dos principais cabos eleitorais da candidatura de seu irmão, Josiel Alcolumbre (DEM), à prefeitura da capital de Macapá.
Segundo a última pesquisa Ibope, divulgada nesta quarta-feira, Josiel Alcolumbre caiu nove pontos porcentuais em relação ao último levantamento, mas ainda lidera acorrida, com 26% das intenções de voto. Por outro lado, Patrícia Ferraz (Podemos) e Dr. Furlan (Cidadania), que aparecem em segundo e terceiro lugar na mesma pesquisa, oscilaram positivamente – aparecem com 18% e 17% da intenção devotos, respectivamente.
Uma parceria entre o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e nove agências de checagem vai atuar para analisar e desmentir fake news divulgadas durante o processo eleitoral. A parceria foi formalizada hoje, em evento virtual com a participação do presidente do TSE, Luís Roberto Barroso.
As notícias checadas a partir desse grupo serão publicadas na página “Fato ou Boato”, no site da Justiça Eleitoral (www.justicaeleitoral.jus.br). O acesso ao site durante as eleições não consumirá o pacote de dados dos usuários.
Participam do projeto de checagem o UOL Confere, projeto do UOL, AFP, Agência Lupa, Aos Fatos, Boatos.org, Comprova, E-Farsas, Estadão Verifica e Fato ou Fake.
O objetivo é que as agências de checagem estejam em contato com órgãos da Justiça Eleitoral para identificar notícias falsas sobre as eleições e encontrar, da forma mais ágil possível, respostas verdadeiras e precisas.
Na cerimônia de hoje, o ministro Luís Roberto Barroso ressaltou a importância do combate à desinformação para a vitalidade da democracia.
“A democracia depende da livre circulação de ideias e opiniões. Se a democracia for capturada pelos que divulgam mentira, divulgam ódio, ela não terá como sobreviver”, afirmou o presidente do TSE. “Estaremos enfrentando a desinformação também com a imprensa profissional e as agências checadoras de notícias.”
Está aberto o balcão de apostas sobre quem será o próximo presidente americano depois das eleições de 3 de novembro. E o que era talvez uma das projeções mais esperadas dessa eleição foi publicada nesta semana: o site FiveThirtyEight, do estatístico Nate Silver, colocou no ar seu modelo de probabilidade e apontou que Joe Biden tem 73% de chances de vencer as eleições contra o presidente .
A estimativa do FiveThirtyEight, a partir de agora, mudará diariamente até as eleições. Mas, ao lançar a projeção, Silver escreveu um artigo afirmando, desde já, que é “muito cedo para descartar Trump” e uma possível vitória do republicano.
Na média das pesquisas nacionais, Biden está na frente com 53% a 46% do total de votos. E, contando estado a estado nas pesquisas, o democrata ganharia por 326 a 212 no colégio eleitoral — o número que importa nos EUA.
Mas, afinal, o próprio Silver reconhece que deu 71% de chances de vitória a Hillary Clinton antes da eleição de 2016 (e foi, incrivelmente, a projeção mais conservadora da época, enquanto outros veículos chegaram a estimar 99% de chance de vitória da democrata).
Desta vez, Silver e estatísticos de todo o mundo estarão cautelosos. No artigo, o fundador do FiveThirtyEight chegou a citar em tom de questionamento um link para declarações do economista progressista e prêmio Nobel Paul Krugman, que classificou a reeleição de Trump como “quase impossível”.
Após a bagunça geral das pesquisas na eleição passada, Silver listou argumentos que podem fazer o jogo virar para Trump até o dia do pleito. Veja abaixo cinco dos principais pontos levantados pelo estatístico.
1. O sistema eleitoral
O modelo de eleições americano vira sempre motivo de “porém” quando se discute o pleito do país. Em 2016, Hillary Clinton ganhou em total de votos (48% a 46%). No Brasil, seria o suficiente para levar a eleição. Mas a democrata ganhou menos estados e ficou com 227 votos no colégio eleitoral, ante 304 de Trump.
Desta vez, Biden aparece vencendo em mais estados decisivos. Mas foram esses estados que deram a vitória a Trump em 2016. O próximo presidente precisará ganhar em lugares como Michigan, Flórida, Pensilvânia e Ohio, alguns dos chamados “estados-pêndulo”, que costumam mudar de voto a cada eleição.
O quanto esses eleitores mudaram de Trump para Biden em quatro anos? A vantagem de Biden não é tão relevante nesses lugares, sendo de menos de cinco pontos em alguns deles. O suficiente para mudar facilmente nos próximos meses.
Na projeção do FiveThirtyEight, há 10% de chance de Trump perder em votos nacionais mas ganhar no colégio eleitoral (como fez em 2016). Para Biden, essa chance é muito menor, de 1 em 750. Ou seja, Biden precisará de uma vitória nacional ampla, enquanto Trump pode, como fez em 2016, ganhar nos estados que importam. “Isso reflete o fato de que o estado decisivo [o tipping-point state, no termo americano]”, diz Silver, “está um pouco à direita do voto nacional”. Ponto para Trump.
2. A pandemia do coronavírus
O coronavírus, à primeira vista, prejudicou Donald Trump. Apesar de oposição ferrenha dos democratas, o presidente tinha níveis mais altos de aprovação antes da pandemia. E o desemprego nos EUA estava abaixo de 4%, uma mínima histórica. Mas o fato é que o coronavírus trouxe uma dose significativa de incerteza para ambos os candidatos nas semanas que estão por vir.
Os democratas, vale lembrar, passaram os últimos quatro anos brigando entre si sobre a melhor forma de se opor a Trump. Agora, a tendência é que as diversas frentes da oposição se unam em torno de Biden. O candidato também escolheu nesta semana a ex-procuradora e senadora Kamala Harris para ser sua vice na chapa, atendendo a apelos de parte da base do partido para escolher uma mulher e negra.
Mas, ainda que as rusgas na ala progressista americana desapareçam, a pandemia atrapalhou atos de campanha de Biden (o que pode jogar contra ou a favor da chapa) e trouxe à tona a discussão sobre comparecimento dos eleitores. Como o voto nos EUA não é obrigatório, muitos eleitores podem decidir por não votar. Trump, enquanto isso, tem feito campanha contra o voto por correio.
Além disso, caso a curva de casos do coronavírus melhore nos EUA até a eleição ou haja a aprovação de uma vacina com doses garantidas nos EUA, a popularidade do presidente pode subir.
3. Faltam mais de dois meses para a eleição
Silver aponta que “as pesquisas frequentemente mudam substancialmente entre agora e novembro”. Em 2008, Barack Obama tinha menos de três pontos de vantagem contra o senador John McCain na média nacional das pesquisas. Em 2012, tinha meros 0,5 ponto contra o empresário Mitt Romney. Terminou vencendo ambos os pleitos por margens maiores, de ao menos quatro pontos.
Na outra ponta, a essa altura da corrida eleitoral, muitos têm margens maiores do que no dia da eleição. Em 1992, as pesquisas mostravam Bill Clinton vencendo por 20 pontos percentuais de vantagem, mas ele venceu por menos de seis.
Joe Biden e Barack Obama: a chapa dos dois tinha margens mais apertadas nas pesquisas do que foi o resultado nas urnas
Joe Biden e Barack Obama: a chapa dos dois tinha margens mais apertadas nas pesquisas do que foi o resultado nas urnas (T.J. Kirkpatrick/Getty Images)
4. A vantagem de Biden é muito parecida com 2016
As margens, é claro, dizem respeito aos votos absolutos, uma análise que não funciona sozinha no modelo americano. Mas os números históricos dão uma mostra de como o cenário varia em poucas semanas. Clinton tinha quase sete pontos de vantagem à essa altura em 2016. No dia da eleição, contudo, foram só dois pontos à frente de Trump em votos absolutos. Isso tudo indica que Biden pode ver sua liderança diminuir.
Silver também aponta que as pesquisas estão se tornando mais precisas (por tecnologia e precauções metodológicas) e que, além de tudo, o cenário político dos últimos quatro anos tornou mais fácil prever as eleições americanas. O motivo é a polarização, que tornou o voto dos eleitores menos volátil, com menos gente mudando de opinião. Outro dos principais erros em 2016 foi que pesquisas levaram pouco em conta eleitores que tendiam a Trump, como os menos escolarizados — o que deve acontecer menos desta vez.
Mas, ainda há quase 30% de chances de vitória para Trump, diz ele, as mesmas chances que tinha em 2016.
5. A economia ainda pode virar
A projeção do FiveThirtyEight leva em conta fatores como taxa de desemprego, consumo, indústria, renda, o mercado de ações, a inflação e o avanço do Produto Interno Bruto (PIB). O próprio Silver, contudo, aponta que as projeções envolvendo fatores econômicos têm sido “terríveis” e pouco confiáveis. Enquanto Trump perde com resultados negativos do PIB, poderia ganhar numa projeção com PIB positivo no terceiro trimestre — uma recuperação que analistas já apontam que deve acontecer.
Silver afirma ainda que o fator renda fica favorável a Trump diante do “auxílio emergencial” americano, os benefícios de 600 dólares por semana a trabalhadores demitidos que o governo americano aprovou durante a pandemia. O auxílio acabou neste mês e democratas e republicanos ainda não chegaram a um acordo para renová-lo.
Mas, tal como no Brasil — onde o auxílio emergencial ajudou a alavancar a popularidade do presidente Jair Bolsonaro –, Trump pode ser beneficiado pelos programas de distribuição de renda às vésperas da eleição, diz Silver. “Em outras palavras, nossa projeção acredita que é longe de ser óbvio que a economia vai derrubar Trump, principalmente se ele conseguir contar uma história de recuperação em novembro”, escreve o estatístico.